31 de mar. de 2009

Será que é Jornalismo Popular?

Ser jornalista é poder informar a sociedade dos acontecimentos, no entanto, há uma discussão do que considerar notícia ou não, afinal, qualquer fato pode ser intitulado como notícia jornalística? É pensando nisto que se entra na discussão do jornalismo popular. A imprensa popular desafia transformar a vida de um ator "Global", por exemplo, em notícia jornalística.

Segundo Márcia Amaral, no Congresso da Intercom de 2006, ela diz que “Na imprensa popular, um fato terá mais probabilidade de ser noticiado se: possuir capacidade de entretenimento, for próximo geográfica ou culturalmente do leitor, puder ser simplificado, puder ser narrado dramaticamente, tiver identificação dos personagens com os leitores (personalização) ou se for útil.” Então, Caras e suas "irmãs, podem se intituladas como material jornalístico popular?

Os meios de comunicação que se utilizam deste termo cresceram muito e, com isto, mudaram a visão que a sociedade tinha em torno do sensacionalismo. Afinal, essa mídia que envolve a vida dos atores, fofocas, pode ser considerado jornalismo popular? Seria necessário um diploma de Jornalismo para uma pessoa construir esse tipo de material?

Abaixo vai mais link que achei interessante e complementa estes meus questionamentos. Espero que gostem.http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=452DAC004

30 de mar. de 2009

Não se deixem enganar

Revisão do Enfoque

Aí galera, para quem não está sabendo, vamos terminar a revisão das páginas do Enfoque nesta terça-feira. Quem puder pode passar na AgexCom, depois das 16h, que vamos estar lá trabalhando. O pessoal que só chega à noite pode dar uma olhada no que foi revisado, para ver se está tudo certo.

Até amanhã...

Política de boa-vizinhança

Conversando com os moradores da Brás, descobrimos que muita coisa ainda precisa ser feita para aquelas pessoas. Investimento na área da saúde, esporte, educação, segurança, enfim, são algumas das áreas que ainda carecem de atenção por parte do poder público.

Mesmo assim, existem conquistas a serem comemoradas por aquelas bandas. Uma delas é a concretização do calçamento de quase todas as ruas do bairro (assunto que será apresentado na matéria feita colega Daiane da Rosa, para o primeiro Enfoque de 2009).

Dona Tereza, moradora da Rua 13, explicou que, antes da instalação das bocas-de-lobo, a água da chuva se acumulava, deixando os moradores daquela área ilhados. “Cada vez que chovia, formava aquelas ‘panelas’ e a gente tinha que ficar desviando”, comentou.

“Agora a rua está ficando boa, não temos do que nos queixar”, completou Tereza. É verdade Dona Tereza, nesse sentido, você e seus vizinhos não têm do que se queixar. Contudo, essa iniciativa não seria mais do que uma obrigação dos governantes?

Muitas vezes, confundimos ‘boa ação’ com ‘obrigação’. Ou seja, muito mais do que fazer um favor, o Estado tem a obrigação de oferecer uma estrutura mínima necessária para os moradores locais. Afinal, os impostos estão aí para isso...

Projeto Em Cada Campo Uma Escolinha

No dia 21 de março, estive presente no amistoso realizado entre os meninos que participam do Projeto Em Cada Campo Um Escolinha. Fiz uma prévia sobre a matéria que estará saindo no próximo Jornal Enfoque:

Update básico



Lembram que na sexta-feira, 20, gravei o material para o Missão Repórter?

Pois bem, o processo todo demorou um pouco mais do que o esperado, porque utilizei o equipamento da universidade - há uma certa burocracia para passar os filmes para o computador, decupar e editar.

Mas, se tudo correr como o planejado, os vídeos serão finalizados amanhã ;)

PS: durante as entrevistas, as colegas Gisiane e Vanessa chamaram a atenção para a necessidade de inserir mais links no blog. Concordo 100%.


28 de mar. de 2009

Assim nos fazemos jornalistas

27 de mar. de 2009

Polêmica X Todos são feitos para o mercado

Ainda lendo o livro Jornalismo Popular e após ler o post Polêmica não faz mal a ninguém, fiquei lembrando do que li no capítulo III do livro. E como a minha idéia aqui no blog é mais publicar trechos do livro do que a minha opinião (pelo menos por enquanto, já que ainda não fui até a Brás), resolvi contra-argumentar com os seguintes trechos:

"Muitas das críticas à imprensa popular utilizam-se do falho argumento de que são jornais 'feitos para o mercado'. É evidente que as empresas jornalísticas produzem jornais para o mercado. Aliás, qualquer jornal é feito para um determinado mercado, seja ele popular ou de elite; alternativo, de oposição ou sindical; vise ao lucro ou não.

O que ocorre é que o público leitor dos jornais de referência tem um nível de escolaridade e de exigência mais alto, o que faz com que esses jornais tenham maior qualidade. Além disso, os jornalistas, pela chance de terem passado por uma universidade e por terem o gosto pela leitura, acabam tendo suas expectativas próximas do público formador de opinião dos jornais de qualidade.

Além do mais, é muito comum acusar os jornais populares de se preocuparem com o 'mercado', pois é mais fácil dizer que um jornal popular faz matérias melodramáticas para vender do que dizer que um jornal de referência faz boas reportagens para vender. O interesse mercadológico existe nos dois.

(clique na imagem)

Nos jornais populares, os princípios tradicionais do jornalismo são mais facilmente tencionados porque eles se destinam a um público de menor escolaridade e são mais vulneráveis ao mercado publicitário, pois não contam com assinaturas. Assim, a imprensa popular busca satisfazer os leitores a qualquer custo, pois são bastante volúveis em função do baixo poder aquisitivo e precisam ser conquistados cotidianamente. Os produtos jornalísticos populares precisam mostrar uma conexão com seu público, pois são mais dependentes de um mercado que muda facilmente. É muito mais difícil vender jornal para quem tem baixo poder aquisitivo e pouco hábito de leitura.

(...) Determinados jornais adotam uma estratégia de mercado voltada a um segmento mais habituado à leitura e interessado em 'ler o que ocorre no mundo', e outros, dirigidos às camadas mais amplas da população, preferem informações mais ligadas ao cotidiano popular, à prestação de serviços e ao entretenimento, ou seja, ao 'mundo do leitor'."

Ao estilo Junte e Ganhe

Vocês já pararam pra se perguntar quantas pessoas compram determinado jornal principalmente por causa dos brindes? Naturalmente, eu já tinha reparado na força de promoções como o Junte e Ganhe, do Diário Gaúcho, mas não tinha idéia dos números a respeito.

Aí vai mais uma (de tantas) palhinhas da Márcia Amaral.

"O crescimento dos jornais populares também agitou outro mercado: o de brindes. Há um intercâmbio de empresas de mercados jornalísticos diferentes, que acaba gerando negócios diversos, especialmente com os produtos agregados. Os brindes têm impacto na circulação dos jornais. Para o editor e diretor de redação do Extra, Bruno Thys, os brindes tem o objetivo de fidelizar os leitores. Com eles, sejam panelas, enciclopédias ou cursos, os jornais aumentam a circulação, pagam o custo do brinde e ao final, parte do público fica fiel ao jornal.
No Diário Gaúcho, por exemplo, 30% das pessoas que compram o jornal buscam os presentes, e na avaliação da RBS, sem os brindes, a tiragem teria uma queda de 20%."

Mais uma semana de tentativas e nada!

É, está complicado conseguir informações sobre a Vila Brás. Mais uma semana de tentativas e nada! Sempre com a mesma dúvida: quem tem essas informações?

Essa semana foi mais uma semana "daquelas". Contatos e mais contatos com a prefeitura de São Leopoldo para conseguir simples informações sobre a Vila e ninguém sabe de nada. Nem ao menos como ou onde conseguí-las.

As minhas tentativas começaram na terça, quando liguei para pedir o que eu achava que eles já tinham em mãos, afinal, já estava atrás disso há, pelo menos, duas semanas. Acho que eles nem tinham mais o e-mail que eu os encaminhei.

Pedi novamente por respostas e eles disseram que na semana que vem, sem falta, terão o que eu estou pedindo. Vamos ver...

Entre o céu e o inferno

Voltando para o ônibus, ao término da primeira visita à Vila Brás, entro em um humilde armazém que já havia chamado minha atenção quando havia chegado. Seu Tonho falava ao telefone e, quando me viu, veio prontamente me atender. Inicialmente, conversamos sobre a vila, e tentei fazer dele mais uma fonte para minha matéria. Não sei se ele entendeu aquele momento como uma oportunidade de se abrir, mas o que ouvi foi um verdadeiro desabafo.

Acompanhado da esposa, Antonio Alves de Arruda veio morar na Brás dezoito anos antes, partindo da cidade de Pato Branco, no Paraná. Depois que suas três filhas saíram de casa, segundo ele, bem casadas e com uma carreira profissional encaminhada, ele decidiu abrir um novo “negócio”.

“Foi cerca de quatro anos atrás”, lembra, “Decidi utilizar parte do meu terreno para abrir um bar, o Boteco do Seu Antonio”. O estabelecimento fez sucesso entre os moradores, criou bastantes amizades ao Seu Tonho e rendeu um sucesso financeiro bastante significativo ao proprietário.

“O problema é sempre a patroa”, reflete o comerciante. Sua esposa, aqui carinhosamente chamada de Dona Fulana, a pedido dele, era daquelas católicas praticantes bastante, digamos, efervescentes. “Ela não ia pra outro lugar ao invés da igreja, e acho que começaram a botar coisas na cabeça dela”, conta, “Ela veio com a idéia de que não podia mais viver comigo porque, como eu tinha o bar, eu induzia as pessoas a ficarem bêbadas”. Ou seja, de que adiantava limpar sua alma perante aos céus, se em casa Dona Fulana vivia com um homem que enviava os vizinhos pro caminho do... Diabo!

Logo, a mulher voltou para o Paraná, não sei ao certo onde, e nem o Seu Tonho, que não faz muita questão de saber. Agora, ele pretende colocar seus imóveis a venda e sair da Vila Brás. Apesar de triste, mas não abatido, Seu Tonho coloca sua estadia na Vila Brás como mais uma experiência de vida, que segue adiante e, tomara, com sucesso.

26 de mar. de 2009

Banco de Ilustradores seleciona talentos


Do Portal 3, ipsis literis: "A partir desta quarta-feira, 25, alunos da Comunicação, Arquitetura e Design que se saem bem com desenhos podem se inscrever no Banco de Ilustradores. Charges, caricaturas, histórias em quadrinhos e personagens: todos os tipos de ilustrações serão aceitos, sem limite para a criatividade.

O banco será utilizado para contratar ilustradores de acordo com a demanda de produção, que pode partir da AgexCOM ou de professores que estejam realizando projetos que necessitem de ilustrações. É o caso do jornal Enfoque Vila Brás, coordenado pelo professor Demétrio Soster, um dos idealizadores do banco.

“Nós temos muitas publicações tocadas pelos alunos, como o Babélia, a Primeira Impressão e o próprio Enfoque. Nelas dialogamos basicamente com os recursos de texto, foto e diagramação. O uso de ilustrações já foi realizado, mas de forma muito casual. Sentimos a necessidade de sistematizar o uso de elementos de diferentes ordens imagéticas, o que é também uma forma de tornar as publicações mais interessantes”, explica Soster.

Robert Thieme, funcionário de Publicidade e Propaganda da AgexCOM, ressalta que sempre que surgia a necessidade de um ilustrador, não havia ninguém cadastrado para agilizar a busca. “Agora isso será facilitado. Selecionaremos diretamente do banco, de acordo com o traço que mais se adequar a proposta da campanha ou da publicação”, comemora Thieme.

Para se inscrever, basta preencher a ficha disponível em www.portal3.com.br/ilustradores e entregá-la na recepção da AgexCOM, juntamente com um portfólio e um currículo. A remuneração será feita com horas complementares, de acordo com o trabalho realizado. As inscrições são ilimitadas e não têm prazo de encerramento".

A matéria é de Maria Maurente, estagiária de jornalismo do Portal 3.

Sexta é dia de (muito) trabalho

Pessoal, para amanhã, sexta, teremos bastante trabalho.

Faremos da seguinte forma: editarei, a partir do material produzido pelo pessoal dia 21, sábado, as matérias que estão faltando e as encaminharei ao Marcelo.

À medida que as páginas forem ficando prontas - com textos, títulos, linhas de apoio, legenda, créditos etc., imprimiremos as mesmas e passaremos, então, à revisão.

Todos participam desta etapa. Ou seja, a revisão é uma tarefa coletiva.

Você marcarão com caneta o que está errado; eu e o Marcelo corrigimos, e finalmente baixamos a página.

Há de se pensar, ainda, na capa.

As chamadas de capa devem ser colocadas na pasta destinada a este propósito. É importante que todos queiram brigar pela participação de suas matérias na capa do jornal, o que inclui, claro, oferecer fotos para tal.

Abraço a todos.

25 de mar. de 2009

Polêmica não faz mal a ninguém

Após ler o livro Jornalismo Popular de Márcia Amaral, concluo que, este não é, na maioria dos casos, o formato de publicação que um estudante de jornalismo sonha em praticar. Isso, obviamente, na minha humilde opinião. Sei que há quem pense diferente e respeito sinceramente, apenas exponho, neste espaço democrático, a forma como percebo as coisas.

Sei do abismo entre sonho e realidade. Sei que um jornalista recém formado, que for atuar como repórter para qualquer veículo, não poderá escolher área de atuação, tipo de jornalismo, nem tampouco o veículo para o qual deseja trabalhar. Tem que pegar o que vier. Mas mesmo assim, a maioria vai parar no jornalismo tradicional mesmo. Vai escrever com LEAD e vai ter que se preocupar com a INFORMAÇÃO acima de tudo.

Ao ler meu texto depois dos ajustes, tive a impressão de estar lendo um texto parecido com os lidos pelo Gugu na Farroupilha. E, confesso, isso não me agradou nem um pouco. Não é assim que pretendo escrever, com todo respeito aos que pensam o contrário. Nem foi assim que aprendemos a escrever durante todo o curso.

Ainda há, por exemplo, outras perguntas que pairam no ar para quem justificar a opção com a falta de escolha dos novatos nos MCMs. E quem não for atuar em veículos estabelecidos? E quem tiver outros planos envolvendo o jornalismo digital, por exemplo? Enfim, são muitas variáveis e o Jornalismo Popular é apenas uma pequena possibilidade para poucos formandos.

Assim, não posso deixar de comentar e, por consequência, polemizar a desconstrução, no Projeto Experimental de Jornalismo Impresso, de tudo que vimos com relação a texto nas outras cadeiras de redação, durante o curso inteiro. Em Rádio e Tele, por exemplo, quem faz a opção por Multimeios, tem nas cadeiras de Projeto uma oportunidade de colocar em prática, de forma conjunta, tudo o que foi aprendido nas cadeiras anteriores.

Demétrio, espero que acolhas o comentário como algo direcionado à Universidade que, na minha opinião, deveria pensar em algo diferente, em formato, para Redação Experimental em Jornal. Algo mais próximo do que a maioria dos recém formados vão enfrentar.

A menos, é claro, que a Unisinos tenha relatórios de colocação de alunos recém formados na mídia que indiquem, por exemplo, que mais de 50% dos alunos caem no Jornalismo Popular quando saem da faculdade. Apenas isto justificaria tal opção na cadeira final de redação para Jornal.

Um abraço e desculpem o tamanho do post.

Nem só de moradores vive a Brás


João Portolan, o senhor pilchado da foto não mora na Brás, mas faz visitas constantes à Vila. Aposentado e morador de Cachoeira do Sul, chama atenção por andar com o traje típico dos gaúchos no sábado pela manhã ao fazer compras com a família. João tem orgulho de ser gaúcho usando pilcha praticamente todos os dias. Ele afirma que é a vestimenta que predomina em seu armário. Suas viagens até a Brás acontecem de 15 em 15 dias. O principal motivo é rever a esposa e os três filhos e tomar um chimarrão com a família. 

24 de mar. de 2009

Fase final

Estamos em fase de finalização da primeira edição do Enfoque, fechando as matérias e montando o jornal. E com direito a making off na redação. Agora, fica a expectativa da próxima visita e o que poderemos extrair dela.
Também estou curioso para ver qual será a reação dos moradores da vila com a nova edição, principalmente porque encontrei alguns que nem sequer conheciam o jornal e ficaram muito satisfeitos ao saberem que há um veículo impresso exclusivo do bairro. Enfim, mãos a obra, que há mais duas edições pela frente!

3ª etapa de criação

Para escolher o logo final, os alunos que produzem o jornal no presente semestre realizaram uma votação. A turma, no entanto, ao manifestar suas opiniões, reuniu novas idéias. O primeiro logo remeteu a algo já conhecido pelos alunos, enquanto o segundo destacou muito as imagens, não dando destaque ao nome do jornal. Desta forma, a solução encontrada foi dar destaque ao texto, utilizando um logotipo composto apenas pelo nome do jornal. “Enfoque Vila Brás” foi representado com uma fonte marcante, com cores destacadas, que transmitem força ao logo e ao jornal. Decidiu-se, portanto, priorizar seu nome, excluindo as figuras que compunham o logo no início do processo.

2ª etapa de criação

Apesar de estar próximo de atingir os objetivos, ainda havia alguns detalhes para se chegar a um resultado ideal. Os bonecos foram substituídos por silhuetas de pessoas, deixando marcante a figura humana. Por fim, dois logos foram selecionados para que a turma escolhesse um. A primeira opção contou com a imagem de uma família ao lado das palavras que formam o nome do jornal. A segunda opção seguiu o critério de comunidade e humanidade, utilizando imagens de “bonecos de palitinhos” com uma figura de casa ao lado, além do nome do jornal acompanhando as imagens.




O processo de criação do logo

Como já se sabe, o jornal Enfoque Vila Brás, que atende à comunidade localizada em São Leopoldo, é voltado aos moradores da vila, e conta com diversas edições. Porém, percebeu-se que um logo padrão, que pudesse representar o jornal, deveria ser criado. Coube à equipe da AgexCOM, formada pelo diretor de arte Jeferson Lutz e pelo atendimento Lucas Escouto, a tarefa de criar um logotipo que representasse fielmente o conceito do jornal Enfoque.

1ª etapa de criação:
O processo criativo foi longo. Várias idéias foram apresentadas, até que se chegasse ao resultado final. Foram selecionadas duas cores para representar o logo: preto e laranja. O contraste das cores destaca as palavras, causando impacto no leitor. A idéia inicial destacava a palavra “enfoque” mais do que “Vila Brás”. A intenção é que o jornal seja reconhecido pelo nome da comunidade. Com a mudança da fonte utilizada, melhores resultados foram sendo obtidos.

Inicialmente, foi utilizada no logo a imagem de duas casas, que representavam a comunidade. O traço simples, dando a impressão de ter sido feito à mão, remete a uma idéia artesanal, presente no cotidiano dos moradores da vila, que realizam seus trabalhos e esforços com suas próprias mãos. Apesar de representar o conceito de comunidade, julgou-se que o logo deveria conter a figura humana. Seguindo o mesmo traçado simples, foram acrescentadas imagens de “bonecos de palitinho”, dando ao logo uma aparência mais clara e transmitindo valores da vila de forma simples e direta.


23 de mar. de 2009

Assinatura dos alunos-repórteres

Pessoal, segue, abaixo, uma lista com o nome de todos os alunos-repórteres deste semestre. Preciso que cada um de vocês confira a grafia correta do próprio nome e, se possível, reduza para uma versão com 1 nome + 1 ou 2 sobrenomes. Por exemplo, eu me chamo Marcelo Garcia dos Santos, mas assino jornalisticamente como Marcelo Garcia. Envie a versão reduzida do nome para o e-mail enfoque@icaro.unisinos.br. Essa versão reduzida será utilizada no expediente do jornal impresso e nas assinaturas das matérias.

Ana Paula Castanho Sarda de Castro Costa
Anaiara Letícia Ventura da Silva
Bruno Schmidt Alencastro
Carolina de Araujo Dias Mattos Ramos Schubert
Daiane Benin da Rosa
Delmar José Costa
Everton Fabiano Ribeiro Bertolli
Fabricia Cristina Hess
Fernanda Calegaro da Silva
Fernanda Mineiro
Flavia Tres
Genésio Macedo Barão
Gilberto Alexsandro Dutra da Silva
Gisiane Andrade dos Santos
Kaiser David Vargas Konrad
Luis Eduardo Trindade
Marcela Schuck
Marcelo Gomes da Silva
Márcia de Fátima Lima
Mariana Bechert
Mariana Sant’Anna de Oliveira
Mariana Scherrer
Mônica Patrícia Ferreira
Pauline Costa
Priscila Milán Rodriguez
Rodrigo Ribeiro Duarte
Sandra Juliana Fagundes Vargas
Simone Bertuzzi
Vanessa Peixoto Reis

Obrigado!

Sobre duas rodas

O ciclismo é um excelente exercício físico, tanto para queimar calorias como para melhorar o condicionamento cardiovascular. Especialistas garantem que, a cada 60 minutos de pedalada, o nosso organismo é capaz de queimar aproximadamente 530 calorias (dependendo do biotipo de cada pessoa).

Além de oferecer uma série de benefícios para a saúde, a bicicleta também é um importante meio de transporte. É o que acontece com muitos dos moradores da Vila Brás. E o que é melhor: além de optarem pelo tranporte 'sobre duas rodas' pela questão financeira, essas pessoas acabam contribuindo com o nosso meio ambiente!

Mais um bom ensinamento trazido pelos amigos da Brás (e um ótimo exemplo a ser seguido)...

Reinauguração da sede da Associação


Estivemos neste sábado, dia 21, pela manhã, cobrindo a cerimônia da reinauguração da Sede da Associação de Moradores da Vila Brás.

O evento contou com a participação de grande parte da comunidade, membros da Associação e Prefeitura de São Leopoldo.

Mais detalhes na primeira edição de 2009 do Jornal Enfoque!

Coisas que chamam atenção

Enquanto entrevistávamos os moradores da região da Bacia deparei com duas meninas que olhavam com curiosidade, natural de criança, para a máquina fotográfica, como que pedindo para serem fotografadas, e eu, no mesmo momento em que percebi a presença delas, prontamente e silenciosamente atendi ao pedido.

Apesar de não ter trocado nenhuma palavra sequer com as meninas respondi ao olhar e a um simples e ingênuo desejo de criança. Talvez na minha próxima visita a Brás tenha a sorte de cruzar com elas, para quem sabe ir a fundo na história de suas vidas ou apenas mostrar as fotos a elas.

22 de mar. de 2009

Prévia da inauguração

Sim, neste último sábado estivemos na inauguração da sede da associação da Brás. Rapidamente compartilho com vocês como foi a movimentação antes da oficialização.
Sintam o clima!
Graaaande abraço.


Vila Brás vai à praça

Falar sobre lazer na Brás sem citar a praça é impossível. Sandra, Marcela e eu já sabíamos disso quando decidimos fazer a pauta "locais de lazer". Só que pensávamos em outras opções, como as lan houses, por exemplo. Afinal, ouvimos comentários de que é grande o interesse dos moradores, principalmente dos mais jovens, por esses locais. Mas quando conhecemos a Família Alt constatamos que só a praça renderia uma matéria.

A vista de uma das janelas da casa de Seu Almiro Alt é a praça. Ele, sua esposa, Lionira Chaves, e os filhos frequentam o local todos os dias. O espaço precisa de reformas, há bancos e balanços quebrados, a iluminação é precária e segue uma lista de problemas que facilmente são observados. Mesmo assim, esta é opção de lazer deles.

Seu Almiro vai caminhar todas as manhãs na praça. À tarde, leva o chimarrão e observa as crianças brincarem. Sua filha, Ana Paula, 11 anos, gostava dos balanços. Agora se contenta em andar de bicicleta.

A família lamenta o estado de conservação da pracinha, mas mostra que nada os impede de se divertir. E o futebol, contam os moradores, rola mesmo com a quadra alagada...
Fotos 1 e 2: Priscila Milán

Foto 3: Marcela Schuck

Inaugurada sede da Associação



As apresentações de danças dos alunos do Projeto Escola Aberta foram o ponto alto da festa de inauguração da nova sede da Associação dos Moradores da vila Brás. O povo lotou o prédio totalmente novo, neste sábado exageradamente quente, 21 de março de 2oo9. 

A equipe do Enfoque esteve lá para cobrir o evento, que foi conduzido por Claudemir Schitz,  presidente da associação e seus colaboradores. Estiveram prestigiando a solenidade o prefeito Ary Vanazzi e outras autoridades locais.

Animados e comovidos, os moradores da Brás acompanharam atentos a programação de shows e discursos preparados pela diretoria da entidade. Schitz salientou que este era um sonho de mais de cinco anos e que trará mais qualidade de vida para a comunidade. 

Leia a reportagem completa na próxima edição do Enfoque Vila Brás.



21 de mar. de 2009

Cães de rua



A Brás tem muitos problemas. Claro, se fosse diferente teríamos procurado outro bairro para fazer nosso jornal. Dentre todos os males que afetam aquele lugar, a equipe da qual faço parte escolheu abordar a questão dos cães de rua. Mais do que um problema social é uma questão de saúde pública. Acompanhe na próxima edição do Enfoque Vila Brás e dê sua sugestão para resolver o problema.

20 de mar. de 2009

Ervas para a saúde

Durante a nossa visita à Vila Brás acabamos deparando com personagens interessantíssimos. Enquanto estávamos caminhando em uma das pequenas ruas sem calçamento das muitas que encontramos na comunidade, procurávamos por alguma pessoa que tivesse ganho bebê recentemente. Vendo a nossa dificuldade de achar, uma simpática senhora se ofereceu para nos levar até algumas casas onde poderíamos encontrar o case. Mas ela estava carregando muitos galhos e folhas na mão. Não contive a curiosidade e perguntei o que era aquilo que ela levava. E acabei ganhando uma aula.



Dona Maria Barbosa, de 56 anos, tinha visto no Globo Repórter do dia anterior uma matéria que falava do poder dos temperos e ervas como prevenção para muitos males. Alecrim, arruda, manjericão, folhas de limoeiro, menta... enfim, todos tinham a cura para algum male. Hipertensão, colesterol, glicose, enfim. Mas quando perguntei o que realmente ela queria evitar, a resposta veio rápido: “quero tomar todos para não envelhecer”. Sábia dona Maria...

E se você ficou curioso sobre as matérias do globo repórter, clica aqui e confira as reportagens.

Uma guerreira na Brás

Durante nossa jornada na Brás procurando pessoas que utilizavam o posto de saúde, avistamos de longe uma senhora com várias crianças ao redor e um olhar distante. Perguntei se ela utilizava o atendimento no Posto e ela me respondeu que sim. Sempre leva os netos para se consultar no local e elogiou o atendimento.

Depois disso Dona Eva Iris de Lima moradora da rua 2 começou a me contar sua história de vida. Ela aposentada, 70 anos de idade disse que fazia uma semana que havia perdido seu filho vítima de câncer no pulmão. Ele havia deixado com ela seus seis filhos, que ela não sabia como iria fazer para criar com o dinheiro apenas de sua aposentadoria. A mãe das crianças tinha abandonado os filhos há dois anos, quando o marido descobriu a doença.

As crianças faziam posses para as fotos, sem entender muito bem toda a angústia que a avó estava passando. Fiquei comovida com a história de Dona Eva, que mesmo com tão pouco, queria o melhor para os seus netos. E essa foi apenas mais um personagem de coragem que encontramos na Vila Brás.

Os novos jornais populares

Aí vão dois trechos bacanas do livro da Márcia Amaral, cheios de links pra animar o pessoal:

"O jornalismo dedica-se a produzir conhecimento sobre o cotidiano e os jornais populares dão visibilidade também aos sentimentos das pessoas sobre o mundo, mas não se resumem mais à produção de sensações com matérias policialescas. Atualmente, os jornais preocupam-se com que o leitor tenha um sentimento de pertencer a determinada comunidade, percebendo que o jornal faz parte do seu mundo.

Assim, o sensacionalismo continua existindo, principalmente por intermédio da exacerbação dos relatos, mas é um conceito que não basta porque é generalista e não dá conta de importantes características dos novos jornais populares." (...)

Algumas páginas depois, um parágrafo sobre quais são e onde estão estes jornais:

"Muitos jornais, além do Agora São Paulo e do Extra, voltados ao consumidor de menor poder aquisitivo, surgiram após 1997: Folha de Pernambuco (PE), Primeira Hora (MT), Notícia Agora (ES), Expresso Popular (SP), Diário Gaúcho (RS). Outros mais tradicionais conseguem sobreviver nesse mercado, como é o caso de O Dia (RJ - 1951 até hoje), a Tribuna do Paraná (PR - 1956 até hoje), Jornal da Tarde (SP - fundado em 1966, com recente orientação popular) e Diário do Litoral (SC - 1979 até hoje). Diário de S. Paulo (SP) é o novo nome do tradicional Diário Popular, que entra em seu 123º ano de publicação. Belo Horizonte conta com dois jornais de perfil mais popular: Super Notícia e o Aqui!. O Aqui! foi lançado pelos Diários Associados em 2005 ao preço de R$0,25, destinado às classes C e D. O preço agressivo fez com que o concorrente Super Notícia, da editora O Tempo, editado desde 2002, baixasse seu preço de R$0,50 para R$0,25. É um mercado em expansão. No início de 2006, os Diários Associados lançaram em Brasília o Aqui DF, destinado ao público das cidades-satélites."

Espero que aproveitem os links pra dar uma olhada no que existe Brasil afora. Bom final de semana, pessoal!

Bastidores do Enfoque Vila Brás

Uma filmagem rápida do grupo de alunos trabalhando na produção da próximo edição do jornal Enfoque Vila Brás.
Computadores ligados, texto no monitor e a idéia na cabeça.

Reta Final!

Aqui estamos nós, fechando as matérias, quase com o jornal pronto e as expectativas são as melhores possíveis. Mas, o frio na barriga para a próxima visita, que também vai se aproximando, já está surgindo! É uma rotina cheia de surpresas e de adaptações. Saímos da reunião de pauta com muitas idéias e cheios de planos. No meio do caminho, algumas coisas mudam, surgem coisas novas e assim, as matérias vão tomando forma.
Esse é o nosso universo. Pautas, matérias, fotos...
E vamos nessa, que tem muito trabalho pela frente ainda....
um abraço a todos!

Em construção

A equipe está empenhada para finalizar o texto para hoje sobre o primeiro ponto de Moto táxi da Brás, e para amanhã tem mais pauta!

Vamos à Brás em busca de informações sobre a grande inauguração da sede da Associação de Moradores da Vila Brás.

Portanto, o trabalho está corrido e, para a próxima sexta, haverá mais material para ser elaborado.

O trabalho é corrido, mas amanhã o clima é de festa na Brás, e nós estaremos lá cobrindo este momento tão esperado e importante.

Finalmente os moradores poderão usufruir do merecido espaço para seguir com seu trabalho em busca de melhorias na Brás.

Até breve!

O atendimento do serviço público

Impressionante. A falta de preparo do atendimento no serviço público é impressionante. Eu, estudante de jornalismo, com um grande e importante interesse em informações sobre a Vila Brás, para o desenvolvimento de matérias e dados que interessam ao nosso público, fiquei indignada. Em duas semanas de várias tentativas, fiquei sem informação nenhuma.

Primeiro, liguei para a prefeitura perguntando dados como, por exemplo, o número de habitantes. Uma coisa simples: o número de habitantes. Nenhum funcionário soube me responder sequer em qual setor eu poderia obter essas informações. A primeira pessoa que me atendeu, acredito que a telefonista, me passou para o setor de comunicação. Fiquei pensando que com o setor de comunicação não poderia ser, mas já que ela, a funcionária da prefeitura de São Leopoldo me passou, poderia até ser. Então, falei com o pessoal da comunicação. Não era lá, como eu mesma tinha pensado. Então me disseram que essas informações poderiam ser obtidas com o setor do Orçamento Participativo. Pensei a mesma coisa: não deve ser, mas vamos tentar. Liguei lá e, mais uma vez, a mesma resposta.

Hoje, depois de duas semanas tentando seguidamente conseguir essas informações básicas e necessárias para o desenvolvimento do meu trabalho, não tive nenhum retorno. Fiquei pensando que, se a prefeitura não tem informações sobre a Vila Brás, que tem cerca de 15 mil habitantes,
imagina sobre os bairros menores de São Leopoldo? Com quem podemos adquirir essas informações, se não com a prefeitura?

Soltando os bichos

Além da notavel presença de muitos cães na Vila Brás, outras espécies também circulam pelas ruas na maior tranquilidade. Vide os gansos da foto, que na verdade ficaram um pouco perturbados com a nossa presença. Por esse motivo tive receio de me aproximar para pegar um ângulo melhor.

Só fatos, por favor

Estava lendo um livro para me auxiliar no Projeto de Pesquisa e li um trecho que me lembrou da agonia de muitos colegas em ter que cortar seus textos. Aí vai:

"Iris Murdoch disse certa vez que para ser um bom escritor você tem de 'matar seus bebês': cortar algo que ache brilhante, por não estar no contexto ou por não contribuir para o assunto.

Os escritores normalmente são bastante tentados por considerações de exatidão. Mesmo os de ficção lutam para transmitir sua própria visão interior do mundo com precisão. Contudo, servir ao deus da exatidão nem sempre se traduz em compreensão. Os fatos podem contribuir tanto para obscurecer como para clarear o significado. Acredito existir lá no alto um deus da compreensão, e não se pode servi-lo apenas com fatos. Os fatos por si mesmos não fazem sentido sem uma moldura de referência. Eles só podem ser compreendidos quando se relacionam a uma idéia." (Ansiedade de Informação - Richard Wurman)

Espero que o trecho auxilie alguns em sua árdua tarefa de picotar seu texto.

Acho que algo tão simples nem sempre nos damos conta. Esquecemos de nos colocar no lugar do público leitor. O que ele gostaria de ler?

19 de mar. de 2009

Era assim no século XIX


Ainda sobre sensacionalismo, ontem me lembrei de um texto de Ben Singer, intitulado Modernidade, hiperestímulo e o início do sensacionalismo popular. Li quando fiz Jornalismo Online I, e selecionei um trecho interessante. A propósito, a imagem é meramente ilustrativa e nenhuma referência tem com este caso, apenas se passam na mesma época. Aí vai:

"O tema distópico dominante na virada do século destacava os terrores do trânsito da cidade grande, em especial com relação aos riscos do bonde elétrico. (...) Jornais sensacionalistas tinham uma predileção particular por imagens de 'instantâneos' de mortes de pedestres. (...).

O espectro de Isaac Bartle penetrou a consciência moderna. Como informou um artigo de 1894 no Newark Daily Advertiser.

Isaac Bartle, um cidadão proeminente de New Brunswick, foi morto instantaneamene na estação da rua do mercado da Ferrovia Pensilvânia nesta manhã. Seu corpo foi tão terrivelmente mutilado que os restos mortais tiveram que ser recolhidos com uma pá e levados embora em uma cesta... Ele foi reduzido a uma massa irreconhecível debaixo das rodas de uma locomotiva de carga pesada. A locomotiva golpeou Mr. Bartle por trás e o arrastou diversos metros ao longo do trilho, mutilando seu corpo de um modo horrível. Praticamente cada osso foi quebrado, a carne feita em pedaços e distribuída ao longo do trilho, e o corpo foi tão completamente dilacerado que as moedas e a faca no bolso das calças foram entortadas ou quebradas, e o talão de cheques, a carteira e os papéis foram despedaçados."

Primeiros e últimos detalhes..


E aqui está o registro da nossa turma ajustando e cuidando dos primeiros e últimos detalhes das matérias do Enfoque que serão publicadas na primeira edição do jornal desse semestre. Basta terminar as matérias, diagramar e mandar imprimir. E que venha a edição!

E nossa condução não se realizaria...


... se não fosse o motorista. Fabio da Silveira, 27 anos, foi quem levou nossa turma até a Vila Brás para realizarmos nossas matérias para o Enfoque. Ele é motorista de serviços especiais da empresa Central e durante a semana transporta estudantes da Unisinos com a Rota 5. Nos sábados ele e outros colegas são motoristas reservas e ficam de plantão na empresa esperando chamado de última hora ou emergências. Valeu motora.

18 de mar. de 2009

O Sensacionalismo na História da imprensa

Para os colegas que ainda não começaram a ler Jornalismo Popular, da Márcia Amaral, aí vai a primeira de algumas palhinhas:


"Para abordar o segmento de jornais destinados a camadas mais pobres da população, é preciso resgatar o rótulo sensacionalista. O livro do jornalista Danilo Angrimani, Espreme que sai sangue, é importante leitura para quem se interessa pelo tema: mostra a história do sensacionalismo e trata dessa linguagem específica que remete ao inconsciente dos consumidores e atende a necessidades psicológicas coletivas. Conforme a pesquisa de Angrimani, o sensacionalismo enraizou-se na imprensa desde os primórdios. Na França do século XIX, os jornais populares de uma página eram conhecidos como canards, termo que significa conto absurdo ou fato não verídico."


"Um jornal que 'brilha para todos', destinado 'aos mecânicos e às massas em geral', era o slogan do jornal americano New York Sun, fundado em 1833, que custava um centavo - ou um penny. Surge daí a expressão penny press. O tédio dos jornais tradicionais foi substituído por notícias sobre assassinatos, incêndios, suicídios e distúrbios de rua. Se antes a imprensa era destinada às classes mais abastadas, o Sun passou a atender um público leitor que buscava informações ligadas ao seu cotidiano, relacionadas a dramas de pessoas comuns, a polícia e ao dia-a-dia nos parlamentos. Todos os episódios sensacionais do cotidiano eram relatados extensamente para assegurar a fidelidade do público."


Fica a dica.

17 de mar. de 2009

Cusco nordestino


O cusquinho da foto pertence a família do cearense Daniel, que reside na rua 11. O nordestino foi entrevistado durante uma matéria sobre vendedores ambulantes. Foto de Delmar Costa

Enfoque na inauguração da Associação

E no sábado, uma equipe do Jornal Enfoque irá cobrir algo muito esperado na Brás.

Confere!



Por Simone Bertuzzi e Fernanda Mineiro

16 de mar. de 2009

Pedras no caminho

Pelo pouco que pude observar durante minha primeira visita à Vila Brás - e tomando como referência, também, os materiais que estão sendo produzido pelos colegas da disciplina de Projeto Experimental em Jornal -, fica a certeza de que temos muito que aprender com os nossos entrevistados, protagonistas ‘da vida como ela é’.

Tudo bem que essa reflexão não configura nenhuma novidade. Afinal, se levarmos em conta o cotidiano da nossa profissão, sempre temos muito mais para aprender do que ensinar. Contudo, nesse caso específico das pessoas da Vila Brás, o aprendizado extrapola os limites profissionais e se refletem na relação social/interpessoal.

Os nossos ‘cases’ ilustram a vida de indivíduos que são verdadeiros super-heróis. Pessoas que driblam as adversidades do dia-a-dia e fazem do lugar onde moram um espaço de muito respeito e união. E por falar em adversidades no caminho e formas de superá-las, lembrei de um outro ensinamento, dado pelo poeta Fernando Pessoa:

Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo…

A vida que ninguém vê

Na onda das leituras, indico o livro "A vida que ninguém vê", da jornalista Eliane Brum. Para os mais atentos, o professor pediu que acrescentássemos na lista da bibliografia.

Bom, eu prefiro as histórias com finais felizes, mas histórias tristes que nos fazem refletir realmente são enriquecedoras.

Longe do jornalismo padrão, a jornalista busca histórias de pessoas simples, comuns. Elas estão aí, todos os dias, em todos os lugares, nós é que muitas vezes não a enxergarmos. Estamos tão presos em nosso mundinho e cotidiano...

"Uma repórter em busca dos acontecimentos que não viram notícia e das pessoas que não são celebridades. Uma cronista à procura do extraordinário de cada vida anônima. Uma escritora que mergulha no cotidiano para provar que não existem vidas comuns."

Vale dizer que este livro encontramos na biblioteca. Boa leitura! =)

15 de mar. de 2009

Missão Repórter e Enfoque estão juntos


Galera, olha que legal: a moçada do Missão Repórter postou em seu site matéria, com fotos e um vídeo (abaixo, apresentado por Gustavo Nolasco e Tamires Rodrigues), chamando para a parceria com nossa turma. Vamos ver se, na sexta, quando estivermos editando nossas matérias, gravamos as primeiras imagens e entrevistas, estreitando ainda mais esta ponte tão legal entre eles e nós. Grande abraço a todos.


interestadual from Gustavo Nolasco on Vimeo.

O simpático cachorro da praça

Quando fui à Brás constatei a veracidade de muito do que foi dito na reunião de pauta. Realmente há muitas igrejas na vila. Vários bares também. E muitíssimos cachorros.

Aliás, cães abandonados é o tema de uma das matérias do Enfoque, por isso não vou me ater ao assunto. Mas um pequeno registro sobre o vira-lata que encontrei na praça é válido.

Como a maioria dos vira-latas, este era muito simpático. Até parece ter posado para a fotografia! Ou talvez tivesse outra razão para segurar a sacola!

Provavelmente o que ele procurava era comida...

13 de mar. de 2009

Aula de produção de textos

A aula de hoje (13) foi produtiva. Os textos começam a sair do papel e tomar forma de matéria. O primeiro jornal de 2009 está nascendo...

Jornalismo Popular e Vila Brás

Escrever sobre a Vila Brás sem ter estado lá, não me dá tanta credibilidade, então, peço licença aos colegas para esta postagem.
Temos que ler o livro Jornalismo Popular,de Márcia Amaral, e, no começo da aula, conversei com o professor sobre a minha visão um tanto rígida perante ao tema, e ele disse que ao ler o livro conseguirei desmistificar esta imagem. Estudos já foram feitos, então, não darei ênfase nos teóricos e sim ao que o professor falou na aula sobre a linguagem que devemos ter ao escrever as matérias. Ele disse: “ Exerçam seus poderes de síntese e utilizem uma linguagem direta”. Bom, não me recordo se foram exatamente essas palavras, e peço desculpa ao professor, uma falha, mas creio que a idéia foi esta. Nesse momento tive a resposta. Sabe aqueles insights que temos? Então, o tive. Já li tanto sobre o tema e justamente hoje consegui resolver todos os meus preconceitos e abrir um leque de respostas para algumas questões a serem desenvolvidas durante o semestre. O Jornalismo Popular é tão criticado por que fala diretamente com as classes sociais menos favorecidas, usa uma linguagem direta, sem deixar de ser rica? Então, esta cena me fez questionar até que ponto o jornal Enfoque Vila Brás ajuda os moradores a se informarem?Será que há um retorno positivo da parte deles ou é “somente mais uma cadeira a ser cursada”? De que maneira nós, futuros jornalistas que estamos trabalhando com este estilo de jornalismo, podemos desconstruir a imagem obscura que muitos comunicadores ainda possuem? Para pensarmos mais um pouco, deixo o link do Observatório de Imprensa que explica um pouco sobre este tema e, durante o processo do jornal, colocarei mais opiniões sobre pesquisas que farei. Lá vai o link: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=390AZL002

Making Of - Matéria Moto Táxi

Estamos em processo de redação, no entanto, enquanto isso, resolvemos compartilhar com os demais colegas o Making Of elaborado através das imagens captadas na primeira saída da turma à Vila Brás.

Essa idéia surgiu enquanto conversávamos com os personagens da matéria e mostra um pouco do clima receptivo dos moradores da Brás em relação ao Jornal Enfoque.



Agora, voltando ao processo de redação, estaremos colocando no papel o resultado do nosso trabalho, que, em breve, será compartilhado com a comunidade da Vila Brás.

Bom trabalho a todos!

Marcelo, Mônica e Pauline

Se você fosse morador da Brás o que esperaria do Enfoque?


Ao decidir e redigir as pautas precisamos nos colocar no lugar das pessoas que moram na Brás. Muitas vezes, a frase de depoimento que apagamos para cortar alguns caracteres pode ser a parte mais legal para o leitor da Vila. Na rotina de escrever, não conseguimos ter a sensibilidade o suficiente para notar a importância de cumprir com a necessidade da comunidade.

Por isso, devemos ter muita atenção no processo que iniciamos agora, ou seja, a redação. É hora de colocarmos em prática tudo o que vivenciamos naquela manhã chuvosa do dia 28 de fevereiro, tendo a sensibilidade de um cidadão da Brás, porém com a percepção jornalística.

Nesta jornada, o exemplo mais legal que tivemos foi o momento em que um cidadão da Brás, ao perceber que estávamos fazendo fotos no salão de beleza, fez questão de entrar e cortar o cabelo, fazendo pose para a foto. Para este morador da Vila, participar da noticia e aparecer na fotografia pode ser muito importante, fato que havíamos esquecido até refletir sobre o assunto.

Então galera, vamos ficar atentos nos mínimos detalhes e realizar um trabalho satisfatório para todos. E não esqueça, há muitas coisas legais na Brás, é só conseguirmos prestar atenção!

Um abraço a todos e bom trabalho! Fernanda Mineiro e Simone Bertuzzi

Para não perder a ternura jamais

O que tenho aqui não se trata exatamente de jornalismo popular, mas fala dessa paixão que nos faz encarar tudo e mais um pouquinho.

Sobre o alucinado ofício do jornalismo

"Pois o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e torná-lo humano por sua confrontação descarnada com a realidade.

Ninguém que não a tenha sofrido pode imaginar essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida.

Ninguém que não a tenha vivido pode conceber, sequer, o que é essa palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo das primícias, a demolição moral do fracasso.

Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderá persistir num ofício tão incompreensível e voraz, cuja obra se acaba depois de cada notícia como se fora para sempre, mas que não permite um instante de paz enquanto não se recomeça com mais ardor do que nunca no minuto seguinte."

(Gabriel García Márquez)

Novos capítulos na história da Brás

Gostei do novo blog....

Fiz a disciplina no semestre passado e foi super legal....

Colegas, vocês adorar compartilhar momentos e histórias com o Schütz e o Cabeça.

Eles são ótimos..... Com eles, logo vocês vão descobrir que "tudo existe na Vila Brás!"......

Parabéns pelo trabalho que estão fazendo.

Caros colegas e professor

Como é difícil editar o material, não estava mais acostumada com essa pressão. Fazemos tantas disciplinas que nos impõem fazer páginas e páginas de escrita, que quando chegamos nestas práticas, deixamos nossos butiás cairem dos bolsos, com perdão da desgastada expressão.
Ainda bem que vou poder fazer a crôonica, quer dizer, tentar fazer...

Sobre imagens e links

Gurizada, precisamos dar uma padronizada na publicação dos textos.

a)Quando publicarem as fotos, escolham a opção "média" e centralizem a imagem.

b)Procurem separar o texto com um espaço entre parágrafos. Na internet, blocos de texto corrido são cansativos.

c)Abusem dos links.

era wilson ;)

Esquema para a aula de hoje

Bom dia, moçada. O esquema da aula de logo mais será o seguinte:

1 em um primeiro momento, distribuimos as matérias ao longo das páginas;

2 começamos a redação do Enfoque;

3 neste meio tempo, a Márcia vai fazer algumas entrevistas com uma câmera com vocês para o blog Missão Repórter, de Limeira;

Devemos ser muito rígidos quanto ao tamanho das matérias.

Repito abaixo o padrão de tamanhos:

Aberturas
C/Foto: 1800 caracteres
s/fotos: a definir

Secundárias
C/Foto: 800
S/Foto: 1380

TerciáriasC/Foto: 580
S/Foto: 900

Serviços
C/Foto: 500
S/Foto: 500

OBS. Precisamos de um voluntário para elaborar um release sobre a parceria com o pessoal do Missão Repórter.

OBS2. Está devagar nossa enquete, vocês não acham?

OBS3. Ainda estou no aguardo dos dados do pessoal que vai cobrir a inauguração do dia 21 para que possa reservar carro.

12 de mar. de 2009

O guia





"Antes tarde do que nunca"




A primeira visita a Vila Brás serviu para mostrar que o lugar é como outro e qualquer bairro. Como assim? Simples, tem diversas pessoas, igrejas, cachorros, crianças e serviços, porém, ainda há muita coisa para se fazer.





Quando cheguei na vila a minha pauta foi para o brejo. Pensei, vou ficar desesperada. Nada disso, graças ao Antonio Vanderlei Miller, o Guia, pude ma dirigir a outras pautas. Aliás, o morador mora a dez anos no local e o que mais me impressionou, foi a admiração com que ele falava de seu bairro. São bonitas as pessoas que falam do local onde moram com orgulho.





Vindo de São Borja, Antônio considera que a Brás está muito melhor agora. "Quando cheguei aqui, não tinha quase nada do que se tem agora. No começo era só gente invadindo, agora está muito mais organizado", destaca. Por isso, é importante existirem pessoas como o Vanderlei, que a qualquer momento dão a mão para qualquer pessoa que precise, ou seja, são prestativas.




Gisiane Andrade

Blog do Enfoque dialoga com Missão Repórter



Pessoal, olhem que legal o e-mail que recebi hoje pela manhã, do pessoal do Instituto Superior de Ciências Aplicadas (Isca), de Limeira, São Paulo:

"Olá Demétrio,
Sou aluno do Instituto Superior de Ciências Aplicadas, Limeira - SP e venho acompanhando, pelo blog, o trabalho dos seus alunos em relação ao Jornal Laboratório.
Gostaria de fazer uma reportagem sobre o trabalho de vocês, via internet, para colocar no Missão Repórter - blog mantido por mim e outros colegas.

"Queremos mostrar o que esse veículo de comunicação exclusivamente regional pode fazer pelos moradores da Vila Brás e o que está fazendo com os alunos.
Caso aceite a proposta, vai funcionar da seguinte maneira: eu envio as perguntas e alguns direcionamentos e vocês gravam as entrevistas em vídeo e mandam, por e-mail ou hospedado em algum site.

"Acredito que podemos fazer um intercâmbio bem legal. E sorte dos seus alunos por contar, imagino eu, com professores que estão dispostos a por em prática o que teria que ser obrigatório na grade de qualquer curso de comunicação desde algum tempo, que é esse jornalismo multiplataforma. Digo isso, porque o Missão Repórter nasceu de um projeto semelhante ao de vocês, mas a faculdade não consegue entender.
Abraços!!!"

Bueno, claro que topei. Na sexta-feira, se tudo der certo, começamos a filmar com a moçada. A Márcia Lima será a responsável pelo encaminhamento dos trabalhos.

10 de mar. de 2009

Tentando melhorar



Quando falamos em VILA, o senso comum nos traz à mente a imagem de um local pobre e perigoso, com casebres amontoados e uma infinidade de problemas.
Sei que assim também é o visual e a realidade de muitas áreas da Brás, principalmente nas ruas finais, a partir da 23. Justamente por isso, me chamou atenção de forma particular uma residência muito bem cuidada na rua 23, número 295.

Na referida rua, mais parecida com um beco, o calçamento ainda não chegou e a maioria das casas confirma a imagem a que faço menção no início do post. Entretanto, o cuidado do morador com sua casa pré-fabricada chama atenção em meio a casas de estado, na maioria, deplorável. É possível, inclusive, visualizarmos abaixo da janela da frente um aparelho de ar condicionado.
É o luxo na rua 23, bem em frente a residências onde nem o esgoto chega, ainda.

9 de mar. de 2009

As surpresas da Vila

Incrível como às vezes algumas situações nos surpreendem de maneira especial. Para mim, a nossa primeira saída a campo foi justamente isso: uma bela surpresa. Lendo o texto da colega Carol cheguei à conclusão de que ainda temos sim muito preconceito com a vila, com os "pobres", enfim, com os que são diferentes. Mas isso não significa que a culpa seja nossa. Afinal, a mídia, por exemplo, não nos prepara para enfrentar o novo, o desigual. Na nossa ida à Vila Brás tivemos que nos despir do preconceito e aceitar fazer parte daquele universo. Pelo menos por algumas horas. E não é que foi divertido? E mais do que isso, proveitoso. Acho que todos pudemos aprender um pouco enquanto exercitávamos a arte de fazer jornalismo. Eu, com certeza, aprendi muito com esses meninos aí embaixo:


Mesmo em contato com a pobreza, com a violência e com a morte, eles são tão dóceis como qualquer criança dessa idade deve ser. A expotaneidade e a receptividade deles com certeza me surpreendeu. O Enfoque Vila Brás representa isso: mais do que um exercício de jornalismo, um exercício de cidadania e de humanidade.

Primeiras impressões

Um pouco atrasada, mas acho que sempre é válido registrar.

Eu não fui na primeira aula! Isso raramente acontece porque, diferentemente da maioria, eu acho muito importante o primeiro dia. Também gosto das apresentações, onde podemos conhecer um pouquinho de cada um.

Na segunda aula eu estava perdida. "Vila Brás amanhã? Como? Onde?" Dei uma olhada nos 2 jornais Enfoque que eu tinha para me situar um pouco.

Como eu não tinha máquina tratei logo de procurar os estudantes de Fotografia. José Luís e Gisele foram solícitos e contribuiram muito, auxiliando nas entrevistas.

As pautas que eu tinha que cobrir não deram muito certo. Uma não rendeu e a outra acabou não dando certo. Tínhamos uma grande história, mas o nosso personagem principal estava com dificuldades de falar, tinha mordido a língua. Pelo pouco que falou deu para ver que a coisa foi séria. O lado positivo da situação? Marcamos com ele para a próxima saída.

Bom, comecei a pensar no plano B. Ele também não deu certo. O plano C surgiu e eu espero que tudo termine bem.

Quanto ao local Vila Brás? Ah, eu também já peguei aquele ônibus para NH que passa por lá. Foi bem no início quando eu não conhecia outras alternativas. Dava medo quando estava escurecendo e o ônibus dava a ré (sim, tinha um momento que isso acontecia). Na nossa saída eu estava tranquila.

A maioria das pessoas nos recebeu bem. Alguns mais fechados, outros prestativos. As crianças fugiam das fotos e riam, dizendo que seu amiguinho queria ser fotografado, quando na verdade só estavam brincando uns com os outros.

Acho que a experiência foi válida. Fazer o reconhecimento do local e dos personagens que lá habitam. Para as próximas saídas estaremos mais seguros do que buscamos.

Para terminar a manhã daquele sábado, uma senhora pergunta: "Veio toda a Unisinos pra cá?"

Dica de leitura

Num dos meus momentos de 'ócio criativo', garimpando leituras interessantes na internet – o que, por vezes, está associado quase que literalmente ao trabalho de um garimpeiro, dada a quantidade de lama e sujeira até encontrar alguma pedra preciosa -, me deparei com um texto da jornalista Márcia Franz Amaral.

Sim, prezado colega, trata-se da autora do livro Jornalismo Popular, que consta na bibliografia básica da disciplina de Redação Experimental em Jornal, da Unisinos. O texto que encontrei, intitulado Menos escatologia, mais qualidade foi publicado no site do Observatório da Imprensa.

Por isso, a dica é a seguinte: quando estiver na mesma situação que a minha, isto é, num momento de 'ócio criativo', vale a pena conferir essa leitura!

8 de mar. de 2009

Imagens da Vila Brás

Olá, Colegas
Sugiro assistirem o video Uma Viagem Fotográfica pela Vila Brás, de minha autoria e com a produção das colegas Ana e Mariana Bechert.
Encontrei na Vila Brás uma fonte muito grande de belas imagens.
Um abraço
Kaiser Konrad

Personagens das nossas histórias

Quando saímos, seja qual for o lugar, sempre encontramos pelo caminho figuras que nos chamam a atenção. Por um motivo ou outro nosso olhar se concentra em determinadas pessoas ou situações. Na Brás não poderia e não seria diferente.

Na andança pela vila conheci muita gente. Pessoas simples. Gente que gosta de conversar. Gente de poucas palavras. Gente que acha "muito chique" dar entrevista para o jornal. Diferentes comportamentos e personalidades. Diversidade de personagens num mesmo cenário.

Entre as figuras que conheci na primeira saída a campo, destaco duas: Seu Alfredo Nogueira e sua esposa, Neli da Conceição.

Seu Alfredo é do tipo que gosta de falar, contar suas próprias histórias. Em pouco tempo falou sobre a casa, sua companheira, seus bichinhos (três vacas, um boi, um bezerro e um cavalo)...

Dona Neli é mais reservada, mas muito simpática também. Na hora da foto "foi se arrumar". Soltou os cabelos...

Espero encontrar outros "personagens" como estes quando retornar à Vila Brás!

7 de mar. de 2009

O Enfoque toma corpo (Parte II)

O processo de escolha do novo logo do Enfoque merece registro especial. Tínhamos, no início da aula, a partir do processo de criação do pessoal da AgexCom - bem bacana, por sinal -, duas possibilidades, uma indicada por mim e outra pelo Marcelo Santos, nosso design gráfico. A saber:
Opção 1:
Opção 2:A turma ficou dividida, como era de se esperar. Em ambos os casos, antes da votação, foram feitos poréns às ilustrações junto às palavras. Entre estas, porque na opção 1 a família reportava a um símbolo já utilizado em outras campanhas. Era familiar, portanto. Na opção 2, porque a casinha e os dois bonequinhos, mais a disposição do logo (cerca de 60% da largura da página), condensava muitos elementos em um mesmo local. O resultado final da votação foi o seguinte:Penso que ficou bacana também, ainda que sem o elemento humano repesentado pelas ilustrações. Mas o mais importante é que o logo representa o resultado de um processo coletivo de criação, que se inicia pela concepção, passa pelo esforço da moçada da AgexCom (obrigado, gente!), pela triagem feita por mim e pelo Marcelo, e culmina, finalmente, na escolha da turma. Com isso, exercitamos muitas nuanças do fazer comunicacional no que ele tem de jornalístico e publicitário. Parabéns a todos, pois.

O Enfoque toma corpo (Parte I)

Bom dia, pessoal. Observem como, aos poucos, o Enfoque Vila Brás vai tomando corpo para além das páginas do jornal: primeiro, discutimos a idéia de realizarmos jornais por meio do plano de aula. Depois, estruturamos a pauta do primeiro e, na seqüência, fomos à Brás em busca de informações. Nesse ínterim, boas sugestões nasceram: concurso de fotografias, traços para crianças no jornal e inovações no blog (a mais recente surgida ontem, por meio da possibilidade de criarmos um Flickrs para cada matéria, sem restrições).
Ontem, por sua vez, discutimos, entre outros, o novo logo, a frase da enquete, realizamos o levantamento das pautas e planejamos a cobertura do dia 21. Sobre o levantamento das pautas, fiquei muito satisfeito em observar que a grande maioria seguiu a orientação de fazer mais de uma pauta, incluindo aí serviços. Isso é bom, para além da avaliação, porque nos dá fôlego no processo de edição. O único porém é que, não obstante a quantidade de trabalho que temos pela frente, a maior parte da turma resolveu sair logo após o intervalo, acumulando trabalho para os próximos encontros. Não todos, mas boa parte. Falaremos sobre isso na semana que vem.

6 de mar. de 2009

A famosa mãe de santo



Pessoal, para quem está curioso a respeito da mãe de santo, publicamos no Flickr algumas fotos da entrevista. Foram tiradas pelo colega Delmar Costa.

Ah, tem uma novidade no Flickr nesta semana:
Agora é possível criar inúmeros álbuns (até o momento eram apenas dois por usuário), então acho que ficaria mais simples se cada pauta ganhasse o seu próprio álbum.

Foi o que fizemos em nossa pauta: a mãe de santo ganhou seu álbum que pode ser conferido aqui.

Reconhecimento de Campo

Muitos quando pensam em vilas, imaginam casebres caindo aos pedaços, esgoto a céu aberto, desordem, criminalidade, tristeza - não sou diferente, e confesso: também cultivo preconceitos sobre os bairros das periferias. Infelizmente, a maioria segue exatamente a descrição acima. Entretanto, algumas localidades podem surpreender por conseguir apresentar riqueza em meio à pobreza. Um exemplo disso é a Vila Brás. Na divisa de São Leopoldo e Novo Hamburgo é possível encontrar uma comunidade organizada; asfaltada; com casas humildes, mas bem estruturadas; mercados; igrejas; associação de moradores. Características que descobri devido a um primeiro contato com a Vila, através do projeto experimental em jornal que elabora o Enfoque. E posso dizer que esse Reconhecimento de Campo me proporcionou mais vontade de me envolver com o trabalho. Afinal, encontrei ali na Brás uma imagem positiva, mas que ainda assim trás junto consigo problemas que somente de perto podem ser realmente entendidos.

Apesar do Barro Valeu a Pena










Marcela Schuck

Mergulhar a fundo na Brás é imprescindível para conhecer e sentir o clima daquele lugar, com muitas necessidades, causos e simpatia a oferecer.

Entrar na vida de pessoas tão simples e tão ricas, me deixou realmente encantada e com vontade de quero mais.

Agora quero mais descobrir sobre o fascinante e, certas vezes, comovente mundo, que é a Vila Brás.

Quando cheguei na Brás não imaginava que as descobertas seriam tantas e tão importantes, foi um verdadeiro jornalismo investigativo, e como toda investigação quanto mais a fundo vamos na história, mais fatos novos surgem pelo caminho.

Com isso quero dizer, que por mais tempo que tivesse ficado naquele lugar, mesmo assim, as possibilidades não se esgotariam.

O que me leva a concluir que a Brás é um universo que ainda tem muito a ser explorado e ajudado, porque não.