25 de mar. de 2009

Polêmica não faz mal a ninguém

Após ler o livro Jornalismo Popular de Márcia Amaral, concluo que, este não é, na maioria dos casos, o formato de publicação que um estudante de jornalismo sonha em praticar. Isso, obviamente, na minha humilde opinião. Sei que há quem pense diferente e respeito sinceramente, apenas exponho, neste espaço democrático, a forma como percebo as coisas.

Sei do abismo entre sonho e realidade. Sei que um jornalista recém formado, que for atuar como repórter para qualquer veículo, não poderá escolher área de atuação, tipo de jornalismo, nem tampouco o veículo para o qual deseja trabalhar. Tem que pegar o que vier. Mas mesmo assim, a maioria vai parar no jornalismo tradicional mesmo. Vai escrever com LEAD e vai ter que se preocupar com a INFORMAÇÃO acima de tudo.

Ao ler meu texto depois dos ajustes, tive a impressão de estar lendo um texto parecido com os lidos pelo Gugu na Farroupilha. E, confesso, isso não me agradou nem um pouco. Não é assim que pretendo escrever, com todo respeito aos que pensam o contrário. Nem foi assim que aprendemos a escrever durante todo o curso.

Ainda há, por exemplo, outras perguntas que pairam no ar para quem justificar a opção com a falta de escolha dos novatos nos MCMs. E quem não for atuar em veículos estabelecidos? E quem tiver outros planos envolvendo o jornalismo digital, por exemplo? Enfim, são muitas variáveis e o Jornalismo Popular é apenas uma pequena possibilidade para poucos formandos.

Assim, não posso deixar de comentar e, por consequência, polemizar a desconstrução, no Projeto Experimental de Jornalismo Impresso, de tudo que vimos com relação a texto nas outras cadeiras de redação, durante o curso inteiro. Em Rádio e Tele, por exemplo, quem faz a opção por Multimeios, tem nas cadeiras de Projeto uma oportunidade de colocar em prática, de forma conjunta, tudo o que foi aprendido nas cadeiras anteriores.

Demétrio, espero que acolhas o comentário como algo direcionado à Universidade que, na minha opinião, deveria pensar em algo diferente, em formato, para Redação Experimental em Jornal. Algo mais próximo do que a maioria dos recém formados vão enfrentar.

A menos, é claro, que a Unisinos tenha relatórios de colocação de alunos recém formados na mídia que indiquem, por exemplo, que mais de 50% dos alunos caem no Jornalismo Popular quando saem da faculdade. Apenas isto justificaria tal opção na cadeira final de redação para Jornal.

Um abraço e desculpem o tamanho do post.

1 comentários:

Daia :) disse...

Concordo contigo, Eduardo. Também não senti muito orgulho quando li a versão final do meu texto, com seus "super" 800 caractéres. Também acho que a Unisinos deveria pensar numa nova proposta para esta disciplina. Este formato não está motivando a maioria dos alunos ou, pelo menos, a maioria mais ambiciosa. Abs!