21 de set. de 2009

Pacata

Minha manifestação é tardia, mas pode ser válida nessa construção coletiva do conhecimento que realizamos na cadeira. Só tenho uma observação pertinente: a Vila Brás me pareceu bem mais pacata do que eu imaginei durante o percurso. Entrevistei um garoto, o Cândido, de 15 anos. Estuda na escola João Goulart, na 8ª série. Quando perguntei se ocorriam muitos assaltos por ali, ele negou: “A Vila Brás é tranquila. Não tem assalto, mas tem muito maconheiro”. Ansioso, pediu para que eu o liberasse, pois tinha ensaio do coral da igreja às 10h.

Acordar cedo no sábado pela manhã acarretou duelo mental entre as duas facções presentes no meu cérebro: a preguiça e a responsabilidade. Quando levantei da cama e coloquei a camiseta, pensei em desistir do curso. Quando lavei o rosto com água gelada, pensei em desistir – mas só dessa cadeira. Aí, quando tomei um copão de coca-cola para me empolgar com a cafeína, pensei: agora vou curtir o ímpeto de adrenalina súbita nos neurônios – de preferência, deitado na cama. Finalmente, quando voltei para casa, depois da incursão pela Vila Brás, pensei: embora eu ainda precise dormir, essa história valeu a pena.

3 comentários:

Andressa Xavier disse...

Isso que tu nem faz parte do "Enfoque Vila Brás".

Boas considerações. Assino embaixo.

Bruna Quadros disse...

Ô, colega, já vai trabalhando o cérebro para as próximas idas à Brás! hehehehe Deixa a preguiça de lado e vamos em busca de novas histórias...Tenho certeza de que elas vão te motivar, como esta que tu retrataste!

Vinícius Ghise disse...

Entramos na parte mais deprovida de estrutura. Com desapontamento descobrimos que já não era mais Brás - era outro lugar - mal lembro o nome, mas muito pobre.

Quem sabe ampliamos a cobertura?