17 de out. de 2009

As fontes da Brás

O jornalismo é uma profissão coberta de glamour. Pelo menos no imaginário popular. Acredito que a maioria dos colegas já ouviu de algum parente ou amigo de outra área que quer vê-lo na televisão. E quando explicamos que temos outras pretensões, que não apresentar o Jornal Nacional, parecemos os seres mais estranhos do mundo.
Uma grande parcela da população busca seus 15 minutos de fama. Seja mandando seu vídeo para o Big Brother ou tentando aparecer em uma passagem do RBS Notícias ou de qualquer câmera que vê ligada numa praça pública.
Essa vontade de "ser famoso" torna, de certa forma, nossa profissão mais fácil. Temos muitas fontes querendo falar. Mas também deve exercitar nosso senso crítico, para que saibamos escolher as pessoas certas.
Na Vila Brás há todo tipo de gente. Os que querem seus minutos de fama, os que querem sem querer, os que sem querer querem e os que não querem.
Hoje nos deparamos com esses tipos todos. O detalhe bastante gratificante é que os que preferem não aparecer, possuem uma indicação de alguém que é perfeito para ser entrevistado. E assim se fez. Caminhamos um pouco, entregamos alguns exemplares do jornal, conhecemos pessoas que conheciam pessoas para nos indicar. Pessoas que queriam contar sua vida, pessoas que preferiam apenas observar nosso trabalho. Pessoas que toparam conversar, mas que a foto não mostrasse tanto seu rosto, pois tinha vergonha. Pessoas que posaram para foto com semblantes preparados e pessoas que certamente procurarão sua foto no próximo exemplar, mesmo mostrando resistência em primeira instância.
Mais uma saída gratificante, num lugar agradável, com pessoas acolhedoras.

1 comentários:

Demétrio de Azeredo Soster disse...

E qual outra profissão que não o jornalismo nos permitiria percepções desta natureza; ricas e profundas? Grande abraço.