21 de set. de 2009

Dá para viver a infância “ponto com ponto br”

Há algum tempo atrás, diversão era brincar na rua. As reuniões de amigos eram em casa mesmo, no quintal, à espera do lanche da tarde. Aos poucos, carrinho de lomba virou controle remoto de videogame. E dizem que as manobras são mais emocionantes. Casinha na árvore agora também atende por ilha do second life, o que permite “viver a realidade” – o virtual, então, é mais real? O campinho onde eram disputadas as “peladas” também não é mais o mesmo. Acabou se virtualizando.

A infância de hoje mudou, sim. A diversão se transportou para as telas do computador, jogos de videogame, etc. As reuniões de amigos se configuram em redes sociais, também virtualizadas. Até que ponto isso é bom ou ruim? Não sei. Mas posso afirmar que não foi para todo mundo que a infância mudou.

Na Vila Brás, por exemplo. Conheci crianças que não têm esta sede pela internet. Há quem prefira ficar brincando nas árvores ou, ainda, quem reúna os amigos para jogar bolitas. E não é por falta de lan-houses.

Saindo da vila, a cena se repete em uma área periférica da cidade de Canoas. Em uma zona de ocupação irregular, no bairro Olaria, as crianças também vivem a infância à moda antiga. Uns preferem brincar no terraço, quer dizer, na laje de casa, tomando banho de mangueira. Outros jogam bola na terra de chão batido. Mesmo na era do virtual, dá para viver a infância, como nos tempos dos nossos pais.

2 comentários:

Gisele disse...

Realmente as crianças estão perdendo um pouco da infância em frente ao computador. A maioria delas não se dá conta de como são divertidas as brincadeiras simples como pular corda, esconde- esconde, etc.
Ainda bem que na Vila Brás, assim como em outros lugares, encontramos algumas crianças que não passam o dia todo conectados ao mundo virtual.
Claro que é legal acessar a internet, o orkut, conversar com os amigos no msn, mas desde que seja moderamente. Assim como também é muito divertido passar algumas horas brincando com o amigo que mora perto.
Termino dizendo que "dá para viver a infância sem muito ponto com ponto br!"

Amanda Fetzner disse...

Só não podemos esquecer que, mesmo tendo lan houses na Brás, a maioria não deve ter condições de frequentá-las e muito menos ter um computador em casa.A velha desigualdade social...
Mas sou da opinião das gurias: as crianças da Brás nem devem sentir falta dessa tecnologia, aproveitam muito mais a infância jogando bolita, com certeza!