1 de abr. de 2009

O problema não é o MERCADO

A crítica por mim levantada ao Jornalismo Popular não foi postada no intuito de afirmar que um ou outro tipo de Jornalismo seja mais fácil de fazer, nem que um seja mais mercadológico que o outro. É óbvio que escrever para atrair a atenção dos menos letrados é difícil, assim como é claro que os responsáveis por jornais tradicionais também pensam em vender acima de tudo.

Ao ler o post "Polêmica X Todos são feitos para o Mercado" fiquei com a impressão de não ter sido claro no meu texto e talvez gerado confusões. O que argumentei acerca deste formato jornalístico tem muito mais a ver com o que outra colega traz no post "Será que é Jornalismo Popular?".

A questão é que para escrever algo do tipo, na minha forma de ver, não seria necessário um curso de Jornalismo, pelo menos não como o que cursamos. Os textos populares trabalham (por necessidade) a linguagem de uma forma muito mais básica para que sejam acessíveis a seu público leitor. Assim, mesmo quem não domina amplamente o vocabulário da Língua de Camões pode se atrever a escrever algumas linhas neste formato de "conversa com o povão". Talvez um curso técnico profissionalizante fosse capaz de formar repórteres para tal função, não um curso superior de, no mínimo, 4 anos. Buenas, reitero que essa é apenas a minha opinião. Nada mais, nada menos.

Enfim, na semana em que se discute a obrigatoriedade do diploma de jornalismo para atuar na área, acho bastante pertinente abrirmos os olhos para o fato de que este formato popular, aliado às facilidades de publicação online podem estar entre os responsáveis por levar alguns leigos, equivocadamente, a acreditar que para ser jornalista não é necessário o diploma.

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