26 de nov. de 2008

Mudança de planos

Moçada, seguinte: no final da aula passada havíamos acertado de deixar a impressão do Enfoque para a semana que vem. Ou seja, para depois do dia 2. Isso para que pudéssemos revisar o jornal para além do que já havíamos feito em aula etc. etc. O problema é que não levamos em conta que, no dia 2, tínhamos prevista a avaliação do semestre também com o pessoal da Brás, já que não conseguimos fazer a anterior devido à antecipação de data da saída de campo. Assim, em o Marcelo conseguindo concluir o jornal esta semana, mandamos ele para a gráfica com a revisão que fizemos para que, na próxima terça, já esteja pronto. Assim, a dinâmica do próximo encontro fica sendo a seguinte:
1 Reunião com o pessoal da Brás para avaliação do semestre;
2 Avaliação coletiva (professor e turma) do semestre
3 Avaliação individual do semestre.
Abraço a todos.

25 de nov. de 2008

Cinema Caseiro

Manuela Quadros

Uma opção caseira de diversão para os moradores da Brás é dar uma passadinha na Vídeo Blue-Mix, estabelecimento há 12 anos trazendo as melhores opções em filmes, animação e música. Jorge Soares, 42 anos, dono da Mix, conta que são cerca de dois mil títulos de DVD’s, que infelizmente tem sido pouco locados por conta da pirataria. “A internet dificulta as vendas. Muitas vezes as pessoas nem compram DVD pirata, mas baixam da internet e assistem em casa.”
Mesmo assim, há aqueles que preferem locar um bom filme no final de semana e assistir no aconchego do lar. Para esses adeptos a moda antiga, a Mix é uma das melhores opções da Brás.

A Video Blue-Mix funciona todos os dias, das 09:00 as 22:00 horas.

Games são diversão para toda a família

Manuela Quadros

A fixação dos jovens por videogames leva até mesmo comerciantes na Brás a expandirem seus estabelecimentos para entreter a garotada. José Bertissolo, 39 anos, trabalha há sete meses em uma loja de games na Avenida Leopoldo Wasun. Ele conta que não são apenas jovens que freqüentam o local: “Nos finais de semana, pais aparecem com os filhos para jogar com eles. Acho essa troca bem bacana”.


Douglas dos Santos, 16 anos, é um desses garotos que freqüentam o estabelecimento. Aluno da escola João Goulart, afirma que embora prefira lojas de games à lan houses, não se considera um viciado: “Venho pouco, mais aos Sábados com meus amigos”.

Bertissolo afirma que essa iniciativa o tranquiliza, pois impede que muitos jovens aprontem nas ruas: “Também sou pai e sei o quanto é importante que essa moçada tenha boa educação e lazer. Pelo menos assim é possível mantê-los longe das ruas, proporcionando diversão e interação com os demais” - completa

Problemas da comunidade

Por
Fernando Zanuzo
Leandro Molina
Maria Evana

Saúde

Moradores da Vila reclamam da dificuldade no atendimento no Posto de Saúde na Familiar da Brás. Segundo eles, os problemas vão desde a falta de horários de consulta até a falta de médicos. Isso faz com que algumas pessoas tenham de procurar outros locais para atendimento. É o caso de Daiana Fernandes. “A gente sempre vai à Scharlau; lá, tem mais opções de horários”.
Já Eliana dos Anjos de 19, afirma que, na hora de fazer o pré-natal, preferiu ir para outro bairro, “É difícil, é preciso ir de madrugada ficar na fila para tentar um atendimento, é muito perigoso e frio”, reclama ela. Problema semelhante vive Mariângela Machado, modelista. Ela confessa que há muito tempo não usa os serviços do posto. “É complicado, pois a Scharlau é longe; a gente tem que pagar passagem. Acho que a Brás precisa é de um posto 24 horas”, acrescentou.

O Enfoque procurou Isac Gomes de Oliveira, diretor-administrativo do PSF. Segundo ele, a saúde é prevenção, por isso serviço do local não é de urgência ou emergência, daí muitos casos são encaminhados para outros lugares. O atendimento é feito com agendamento antecipado e no Programa de Saúde Familiar nas residências. O diretor afirma que o Programa de Saúde Familiar, já cadastrou 9 mil famílias que moram na vila. Duas equipes se revezam cadastrando moradores e verificando a saúde deles.
A enfermeira Rosani Mello, por sua vez, afirma que o atendimento do PSF faz o monitoramento de 200 pessoas, que sofrem de doenças crônicas como hipertensão e diabetes. “Há um roteiro de atividades, atendimentos e medicação, que funciona muito bem”.

Vila não tem atendimento de urgência

Logo após termos saído do PSF, encontramos na rua a jovem Morgani Souza Almeida, de 28 anos. Ela e o marido sofreram um acidente de moto dois dias antes de a encontrarmos. Foram atendidos pelo SAMU e liberados. Quando conversamos com Morgani, ela tinha acabado de sair da Unidade de Saúde, mas sem consultar. A moça reclamou que na vila não há atendimento de emergência. Como não foi atendida, não conseguiu um encaminhamento para ir ao hospital Centenário. Indignada com a situação ela decidiu ir até o município de Campo Bom, no Vale dos Sinos, procurar um médico.

Saneamento Básico

Amauri Cabral da Silva, 32 anos, é servente de pedreiro. Conhecido como Pernambuco, o rapaz vive um drama com a família. O pátio da casa, que não tem luz e água, foi invadido pelo esgoto dos vizinhos. Eles moram na área invadida da Brás. O local não tem nenhum tipo de saneamento. Pernambuco contou que nunca recebeu ajuda de ninguém para resolver o problema e lamenta ver os filhos não terem um lugar para brincar no pátio.

Educação Infantil

Apenas 3 creches atendem uma população estimada em 10.000 moradores que hoje vivem na vila Brás. Duas delas são particulares e recebem diariamente 50 crianças cada uma. A terceira é da prefeitura e atende 141. Margarete Schwertner é proprietária da creche Cantinho do Céu, na rua das Gardênias. Ela relata que todos os dias é procurada por mães que buscam vagas para os filhos. Contou que há fila de espera, mas não tem estrutura para aumentar o atendimento. Margarete diz que a situação preocupa, já que o ensino para crianças com até 6 anos é fundamental para a formação.

Rede de água só se tempo ajudar

Chuva tem atrapalhado as obras que formam novo loteamento da Brás

Graziela Trajano
Thaís Salvagni


Há mais de um mês está sendo feita a implantação do sistema de abastecimento de água para o Loteamento Vila Brás III, que segue em construção desde 2007. A obra da rede de água custará aproximadamente 150 mil reais e é uma parceria entre a Prefeitura de São Leopoldo e o Governo Federal. O encarregado da Obra, Josué Otomar Fisch, 53 anos, trabalha com mais quatro funcionários na abertura do canal onde serão colocados os canos que vão fazer a ligação com a rede já existente.

Seguindo o caminho formado pelo canal, pode-se ver as primeiras casas que formarão o Loteamento Vila Brás III. No local está prevista a construção de cem casas. As moradias vão abrigar 183 famílias que serão removidas da área de ampliação da linha do trem. A previsão da Prefeitura é de que até dezembro as primeiras 15 casas estejam prontas para morar. Cada uma tem dois quartos, um banheiro, uma cozinha com sala conjugada e pátio.
O empreiteiro responsável pela construção das casas, Osmar Borba, 38 anos, afirma que as obras estão atrasadas em função do mau tempo. “Choveu muito nas duas últimas semanas e as obras pararam. Agora que o tempo firmou estamos acelerando.” É o que faz seu Serineu Klippel Bhenck, 42 anos, pedreiro autônomo. Mesmo com um sol forte, ele trabalha para compensar o tempo perdido na construção.
Um fato curioso: o sistema de esgoto é concluído aos poucos. Apenas as primeiras casas têm rede a rede pronta para o uso. Segundo Borba, a falta de recursos impediu a compra do restante do material necessário.

Em busca de uma vida melhor na Brás

O sotaque não nega, gaúcho não é. Lá vai Jocivaldo, com seu carrinho de mão cheio de banquinhos de madeira, tapetes, vassouras. São os produtos que o cearense de coração gaudério sai vendendo pelas ruas da Brás. Há oito anos, Jocivaldo escolheu o Sul do Brasil em busca de uma vida melhor para a esposa e os três filhos. A pele morena do sol traz as marcas de uma vida levada na lavoura. Começou aos sete anos, ajudando o pai nas terras do nordeste, onde o inverno seco é o principal desafio para quem vive da plantação. Casou cedo, aos 22 anos, e com a chegada dos filhos sustentar a família com dignidade se transformou em um desafio. Alimentou a coragem, preparou a família e escolheu o Rio Grande do Sul como destino. Chegando aqui, as dificuldades não diminuíram. Não desanimou. As barreiras que a vida jogou pelo caminho, Jocivaldo transformou em degraus, superados dia após dia. Escorado no carrinho de mão improvisado, escolheu a esperança ao lamento. “Tem dia que a gente vende mais, tem dia que gente vende menos. Tem é que agradecer à Deus por poder trabalhar.”

Valeu!

É muito bom ver o trabalho da turma no jornal. Essa cadeira se mostrou muito interessante, contudo, apresentou bastante dificuldades para seus alunos. Não falo do trabalho de coletar, redigir e editar as notícias e fotos. Falo das dificuldades pessoais de cada um para se deslocar de suas casas e de se desprender de outras responsabiliades aos sábados pela manhã. Realmente não foi fácil conseguir tempo para postar no blog, diante de compromissos massantes como o TCC, ativides de outras cadeiras e o serviço diário que garante alguns trocados no fim do mês para os alunos do professor Demétrio.
Não foi fácil criar ânimo para enfrentar todas as aulas de terças e visitas realizadas aos sábados na Brás. Muitas vezes não foi possível chegar até a Unisinos para as aulas ou estar às 09h00 da manhã de sábado no ponto do ônibus que nos leva para a vila. Alguns de nós trabalham a semana inteira, inclusive aos sábados.
Mesmo com todas as dificuldades, posso dizer que fico feliz por todo o conhecimento que essa disciplina nos proporcionou. Deixo aqui os meus parabéns para o professor e para todos o colegas.

Dia de revisão!!!

Hoje é o dia de finalizarmos o terceiro e último jornal Enfoque de nossa turma. Com os textos prontos, editados e diagramados agora partimos para revisão. Para esse trabalho precisaremos da atenção de todos, apesar de cansativo é muito importante para garantir a qualidade do jornal.

***Aproveito o momento para relatar a sensação entusiasmante que tive ao ajudar na edição. Ler todos os trabalhos e ver a qualidade de alguns textos me deixou muito feliz. Parabéns colegas, acho que fizemos um bom trabalho!

19 de nov. de 2008

O Natal chegou mais cedo na Brás!

Em uma manhã de sábado as crianças puderam sentir o gostinho do Natal, e rever a figura mais querida e esperada: o Papai Noel!
O bom velinho em questão, é Josmar Dorneles Duarte, 37 anos. Açogueiro, vendedor de churrasquinho, animador de festas e na véspera do dia 25, Papai Noel.
O próximo Enfoque traz a história de Josmar, mais conhecido na Vila como "Coelho".
Ele que teve sua infância ligada ao circo, vive hoje longe dos picadeiros, mas continua animando as platéias, agora da Vila Brás.


18 de nov. de 2008

Tá chegando a hora

Pois é, galera...

Muitas focas colocando a mão na massa para levar mais um Enfoque pro forno.
E como passou rápido... Semestre muito proveitoso, mas corrido. Sentiremos falta disso.
Acho que essa edição, assim como as outras duas, vai bombar!
Tão bom ver nosso "filhotinho" nas mãos do povo.

Bom trabalho!

PS: seria ótimo se marcássemos nosso churras para o dia 29/11.

14 de nov. de 2008

Palestra

É de manhã. Mas, para quem puder. . . . . evento interessante:

PAINEL:

A importância da Assessoria de Imprensa na construção e consolidação das marcas

O debate tem como objetivo expor a eficácia da assessoria de imprensa no planejamento de comunicação de empresas e a importância da parceria entre agências de publicidade e assessorias de imprensa na construção e consolidação das marcas.

Data: 19 de novembro, Durante a Semana ARP da Comunicação
Horário: 10h30min às 12h
Local: Auditório do Instituto Goethe,
Rua 24 de Outubro, 112
Entrada gratuita

Debatedores:

Marcelo Rech, diretor Geral de Produto do Grupo RBS

Alexandre Vieira Loures, gerente de comunicação corporativa da AmBev (SP)

Luis Henrique Amaral, Diretor do núcleo de política e contas institucionais do Grupo Máquina da Noticia ( SP)

Arthur Bender, publicitário especialista em planejamento e estratégia em comunicação, presidente da Key Jump e vice-presidente da ARP

12 de nov. de 2008

Churras e distribuição final do Enfoque

Meus silenciosos amigos, precisamos combinar:
1 O churras e seus derivados (leia-se quem organiza, onde faremos - no "matinho -, quem cuidará dos comes e bebes, assador etc.);
2 Equipe que distribuirá o Enfoque na Brás (a Evana e o Vinicius são voluntários).
Quanto ao dia para o churras e da distribuição, penso que 29 de novembro (a última aula será dia 2), sábado, é o ideal. Assim, distribuimos o jornal e na seqüência lidamos com a pecuária de corte.
E aí, quem se habilita?

11 de nov. de 2008

E lá estava ele.... sorrisão estampado na capa

Procurando fontes para nossa mais recente matéria, eu e o Rodrigo entrevistamos um "vovô gremista" muito simpático na Brás - Seu Elídio.

Muito espontâneo, de risada fácil, ele nos contou hisórias ótimas.

Foi divertido e emocionante conversar com ele.... saí de lá com a sensação de que "já o conhecia de algum lugar"....

De repente, na última aula, com o olhar já cansado de fim de noite, avistei algumas edições do Enfoque empilhadas na sala da Agex, e estava lá!! Seu Elídio na capa do Enfoque - edição 109.

Fiquei surpresa, mas talvez nem devesse......"Isso já foi feito!", diz o Schütze.

Desta vez, Seu Elídio não é o personagem principal da reportagem (ainda bem), mas ele é uma figura tão querida na Brás que merece estar nas páginas do Enfoque novamente.







Perdemos uma assessora e ganhamos uma repórter

Foto:Leandro Molina
Isopor Food no almoço

Ontem, 10 de novembro, eu e a colega Maria Evana fomos até a vila Brás. Pegamos o metrô, e um ônibus no centro de São Leopoldo. Chegamos na Brás por volta de 08h30. Fomos diretamente à Unidade Básica de Saúde. Ambos tínhamos pauta no local. O posto estava cheio e ainda pudemos ver a fila formada em busca de fichas. Conversamos com o diretor e uma das enfermeiras do PSF. Ambos disseram que o programa de saúde da família funciona muito bem na Brás. Conversamos com algumas pessoas que também eleogiaram o atendimento. Mais tarde encontramos na rua uma garota com uma fratura no braço. Ela e o marido caíram de moto. Ela não conseguiu atendimento no posto e reclamou do descaso. Este é um dos problemas que vamos mostrar na próxima edição do Enfoque. Aguarde e confira.
Na volta, enquanto almoçávamos um delicioso Nutry com água (Isopor Food), eu e a Evana discutíamos os problemas que presenciamos na vila. Lá pelas tantas a colega disse que a experiência tinha sido válida mais uma vez. E que graças a essas saídas tinha retomado o gosto pelo jornalismo e pela reportagem. Para quem não sabe, Evana estava se encaminhando para a área de assessoria. Creio que perdemos uma assessora e ganhamos uma repórter, definitivamente.

7 de nov. de 2008

Edição de imagens em jornalismo

O lançamento será amanhã,8, às 15h30, no Pavilhão de Autógrafos da Feira do Livro de Porto Alegre, moçada. Estão todos convidados.

5 de nov. de 2008

Para não esquecer: tamanho das matérias

Atenção para o número de caracteres de cada texto!

Aberturas
C/Foto: 1800 caracteres
S/Foto: a definir

Secundárias
C/Foto: 800
S/Foto: 1380

Terciárias
C/Foto: 580
S/Foto: 900

Serviço
C/Foto: 500
S/Foto: 500

Aula do dia 04/11, datas, prazos & afins

Dinâmica da aula passada

1 — Reunião com subeditor, chefia de reportagem e produção.

2 — Redação das matérias.

3 — Avisos gerais:
*Professora Luiza Carraveta está produzindo vídeo institucional e vai gravar algumas cenas nas nossas aulas.
*Vamos na vila para distribuir a última edição do Enfoque no semestre.

4 — Avaliação individual do 2º Enfoque.

Onde salvar o material produzido?

público/Enfoque Vila Brás

1. Matérias (só texto)
2. Fotos (só fotos)
3. Chamadas de capa (só texto)
4. Serviços (textos e imagens)
5. Enquetes ( textos e imagens)

Datas importantes

11/11 - Material e capa - Caprichem nas matérias, na próxima aula será feita a seleção do material que vai entrar na edição - balaios e matérias novas.

25/11 - Data final para a edição do jornal.

02/12 - Jornal impresso.

06/12 - Entrega do Enfoque na Brás.

Clpa! Clap! Clap!

E assim o (bom) jornalismo se constrói também pelas mãos de alunos talentosos e dedicados. Bonito de ver.

4 de nov. de 2008

Pequenos Cantores da Brás

Transitando pela Leopoldo Wasun, de longe ouvi vozes doces, entoando num mesmo timbre algumas canções.
Me aproximei, porém, fui avisada que não poderia gravar revelando o local. Só posso dizer que é uma igreja, que tem um coral encantador. Crianças de até 12 anos, ensaiando músicas evangélicas.



Fofinho!
E feliz niver pra Aury!!!




"Compre no cartão!"


Na busca pelos estilos da Brás, eu e a Mari (Aguirre) nos divertimos um bocado. Primeiro, entramos nas inúmeras lojinhas de roupas e acessórios que a Brás tem (não são só os mercados que multiplicam na avenida Leopoldo Wasun!).
Em cada uma delas, uma face diferente do que o pessoal da Brás procura para 'estar na moda'. E em cada uma delas também, uma relação bastante próxima com os clientes, com facilidades mil para pagar.
Numa delas, por exemplo, a placa aí ao lado já mostra: pagamento com cartão! E em até 3 vezes... na outra, a dona da loja, que busca as roupas em Santa Catarina, traz quase sempre 'modelitos' exclusivos e recebe também encomentas dos (as) clientes.

Já em uma terceira lojinha (aliás, a mais sortida delas), a comerciante Carina da Silva, 29 anos, descobriu um jeito mais do que popular para divulgar os produtos e as promoções da loja: ela criou uma comunidade no Orkut para o bazar, onde coloca as fotos das novidades que tem para vender. Segundo ela, tem sido um sucesso...

Mas mais detalhes da história da Carina, só no Enfoque mesmo...

Além dela, confiram a história do "Moikano" da Brás...a moda que faz sucesso por lá!

Vou embora


Nem todo mundo que mora na Brás gosta de viver por lá. Foi nas andanças de uma manhã ensolarada que encontrei dona Arminda. Uma aposentada que parece não estar nada satisfeita com a vida. Ela reclama da Vila e, por esse motivo, pretende vender a casa onde mora.

Ela quer viver no Rio de Janeiro. Perto da filha e da neta. Mas nem tão perto assim. Ela disse que não se dá muito bem com a filha. Quer apenas ver a neta. Resmungando ela diz: "Vou me embora, não agüento mais morar aqui".

3 de nov. de 2008

O Enfoque é notícia no Portal 3


Moçada, somos notícia no Portal 3. Clique na foto para acessar a matéria, ou venha por aqui.

Esse sujeito de calças escuras...

Caminhando pela Bras encontrei um sujeito de calças escuras que de longe, percebi que entregava jornais, era bem-vindo e simpático nas calçadas. Ao aproximar uma emoção juntou-se com sensação de inquietude. O que faz uma pessoa acostumada à redações, salas de aulas e a leituras intelectuias, se entregar à uma manhã quente de sábado? No momento em que me deparei com o "sujeito de calças escuras", não mais identifiquei o professor e sim o ser humano humilde, que de fato se fazia presente na maior de todas as lições. Vivências com seu público, perceber como seu trabalho estaria refletindo em seu leitorado.
Fiquei feliz, me senti sim ao participar e ver o empenho desta figura, que no semestre inteiro, além de dar aulas de profissionalismo, jornalismo e bom humor. Nas horas vagas da "distribuição jornais", ainda deu aulas de como fazer um bom churrasco!!!
É bem verdade, as pessoas se aproximavam, e nas vielas da Brás, o assunto mais comentado era o Enfoque.
Lembro bem de uma menina dé 10 anos que se aproximou de mim e do Demétrio e gentilmente disse:
- Tio, ainda tem jornal? Sorrindo ela fitou o olhar em nós.
_Sim, aqui está! disse o Demétrio, esticando o jornal à jovem interessada.
O nome dela é Tauana, que confessou gostar de ler o Enfoque, sentí nela o gosto pelo jornal e mais ainda pelo jornalismo. Enpolgada ela nos disse.
-Tio, sabe que uma casa perto da minha escola pegou fogo ontem?
Dalí continuamos a conversar por um longo tracho, at´pe que ela encontrasse suas amigas.
O olhar da Tauana, me transmitiu segurança, tranquilidade e entusiasmo, ela nos admirava pelo que fazíamos e provavelmente pelo que "ela pretende fazer" no futuro.
A Tauana me pareceu uma menina muito especial e cheia de vida, tal qual o nosso propósito ali. Foi um sábado muito especial para o sujeto de calças escuras, para a Tauana e principalmente para os alunos, que sentiram o mesmo que eu. Satisfação!

Visita à Brás

Foi muito gratificante entregar mais uma edição do Enfoque e ver a felicidade de algumas pessoas ao receberem o jornal. Mas, foi curioso ver a recusa de outras.
Eu e a Mariana conseguimos desenvolver todas as nossas pautas, inclusive encontrar coisas bem diferentes e bacanas na Brás, como uma "fábrica" de Erva-Mate.

É isso aí pessoal.

Abraços.

1 de nov. de 2008

Uma foto diferente

CENA 1 - Por volta das 10h30 da manhã de sábado, 1 de novembro, um sujeito caminha pelas vielas da Vila Brás com uma pilha de jornais nos braços. Distribui os jornais de casa em casa.
CENA 2 - Após entregar um exemplar a um senhor grisalho que sorvia seu chimarrão sob uma árvore, e receber um respeitosos "obrigado" por isso, o sujeito - camisa e calça escuras; cabelos curtos e óculos de grau no rosto - é abordado por três ou quatro crianças. Pedem jornais.
CENA 3 - O sujeito dá apenas um jornal às crianças - dois meninos e uma menina, de biclicleta -, sob a recomendação que o mesmo seja lido por eles (que idade terão? 9, 10 anos? Já sabem ler?) e levado para a casa dos pais, para que estes também leiam.
CENA 4 - A menina, loira, de tranças; sentada no banco de sua bicicleta - os meninos ao redor - folheia atentamente o jornal. Lá pelas tantas, seus olhos brilham e ela diz: "Olha o profe!" Os meninos: "Deixa a gente ver! Deixa a gente ver!"
CENA 5 - A cena; rápida, não mais que um ou dois minutos, toca profundamente o sujeito de camisa e calças escuras que caminha pelas vielas da Vila Brás em uma manhã de sábado. Talvez porque ele perceba que, por meio do trabalho de seus alunos, a Vila Brás está tendo a oportunidade se ver refletida para além das páginas de polícia. Talvez porque, de tudo o que ele viu e viveu em duas décadas de jornalismo, ele tenha aprendido que bem poucas coisas são tão preciosas aos que fazem jornais quanto o reconhecimento dos que lêem os jornais. E que não há preço que pague isso. Envolto nestes pensamentos, o sujeito que há pouco distribuía jornais capricha na foto que faz dos que com ele estiveram na Brás naquela manhã de sábado. Ele sabe que aquele não é um retrato qualquer.